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Um Argumentum ad hominem (latim, argumento contra a pessoa) é uma falácia, ou erro de raciocínio, identificada quando alguém responde a algum argumento com uma crítica a quem fez o argumento, e não ao argumento em si. O argumentum ad hominem é uma forte arma retórica, apesar de não possuir bases lógicas.
Índice
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Estrutura lógica
- A considera B verdadeiro;
- A possui ou é algo criticável;
- Logo, B é falso.
Claramente, B não deixa de ser verdadeiro ou falso dependendo das pessoas que o consideram verdadeiro.
Tipos
Há três tipos de ataques ad hominem que são normalmente relacionados a falácias:
- Argumento ad hominem abusivo: é o ataque direto à pessoa, colocando seu caráter em dúvida e, portanto, a validade de sua argumentação. Exemplo:
“As afirmações de Richard Nixon a respeito da política de relações externas em relação à China não são confiáveis pois ele foi forçado a abdicar durante o escândalo de Watergate.”
- Argumento ad hominem circunstancial: é o ataque que atinge a circunstante do adversário em um debate. O fato de se tratar de uma pessoa que está sofrendo, no momento, de uma forte raiva pode ser usado para esse tipo de ataque. Exemplo:
A: Foi este o homem que vi roubando aquele carro!
B: Como pode afirmar isso sendo você um conhecido bêbado?
- Argumento “poço envenenado”: coloca em foco a validade do argumento e a imparcialidade do adversário, sugerindo que o último tem algo a ganhar com a defesa daquele ponto de vista. Exemplo:
A: Fumar não causa nenhum tipo de mal.
B: És dono de uma grande empresa de cigarros, é claro que dirá isso.
- Tu quoque: o adversário é acusado de praticar algo muito semelhante ao que ele critica. Tu quoque significa em latim "você também". É um argumento muito comum e eficaz, pois tende a colocar o oponente na defensiva. Exemplo:
A: As pessoas devem aprender a viver com o que ganham.
B: Mas você está completamente endividado e não faz qualquer esforço para mudar isso!!!
Ad hominem não falacioso
Em alguns casos, o argumento ad hominem não é falacioso e deve ser levado em conta. Exemplo:
“George: Os problemas notáveis que temos tido com ataques postais mostram que não há mais um serviço confiável de postagem oferecido pelo governo. Acho que está na hora de permitirmos que empresas privadas de entrega com fins lucrativos compitam em pé de igualdade com os Correios".
“Bob: Mas George, você é um comunista.”
O argumento de Bob é bastante razoável: sendo George um comunista, ele não poderia apoiar a ideia de que uma empresa privada com fins lucrativos tome o controle de qualquer mercado. É claro que George pode contra-argumentar de maneira adequada posteriormente, mas, a princípio, sua afirmação pode sofrer esse tipo de refutação não falaciosa.